quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Olhares sobre a Educação no Brasil.... interfaces e dilemas



Fonte: Reunião conjunta das comissões de educação, assuntos sociais e direitos humanos

TÓPICOS:

  1. ·         Educação nos primeiros anos de vida que começa na família ou o substitutivo da família
  2. ·         Discussões do desenvolvimento infantil desde o Perinatal
  3. ·         Debate sobre Primeira Infância e Epigenética: um novo paradigma








A TV Senado apresentou, no dia 30 de Dezembro uma palestra com profissionais ligados às áreas da Saúde e da Educação, cujo foco era a alimentação, o afeto e a Educação;
De acordo com as falas dos profissionais, o que se conclui é que seria essencial o cuidado com a alimentação da mãe, para que a criança não nasça com deficiência nutricional e neurológica.
Ao unir esses pressupostos com a Política de cotas e o fracasso escolar, existe a preocupação sobre as interfaces desses assuntos que são as seguintes:
É positiva a política de cotas para correção da injustiça social que recai sobre os indivíduos pertencentes às camadas populares, mas que, ao refletir-se sobre as condições caóticas das famílias pobres e destituídas de assistência médica e financeira, não torna possível a esses estudantes oriundos de famílias de baixa renda o sucesso no mundo acadêmico;

Concluindo, a psiquiatra e o pediatra franceses que estavam presentes no recinto, falaram sobre a questão nos parâmetros biológicos: testes de Quociente de inteligência e suprimentos nutricionais com a alimentação de qualidade para que o cérebro, sistema elétrico, tenha mielinização o suficiente para as trocas de impulsos entre as sinapses;
Essa energia visa o desenvolvimento cognitivo que se reflete no desempenho escolar do educando.
Tal condição só é possível, segundo o exposto, através da boa alimentação e de boa estrutura familiar.
Essas falas ecoam nos discursos ouvidos nas Universidades, dos próprios professores: Famílias de baixa renda, com problemas graves de desestrutura familiar não conseguem aprender e nem desenvolver suas habilidades no mundo acadêmico.
Nesse discurso sublinha-se a sugestão da profecia da incapacidade dos menos favorecidos, (profecia autorealizadora  do fracasso escolar),  tornando inquietante a qualidade da educação oferecida no Brasil, a banalização e o sucateamento do ensino superior, o despreparo biológico  e /ou cognitivo dos estudantes da classe popular e outras questões que incomodam cotidianamente.
Outro assunto a ser refletido é o mote do Governo: alfabetização na idade certa. Preparam-se professores para que  alfabetizem crianças brasileiras de qualquer extrato social até os oito anos de idade. Mas ignoram esses pressupostos tão bem delineados nessa Palestra: a de que para o estudante aprender, o básico é a boa alimentação, uma mãe com estrutura psicológica saudável, uma família organizada.
Condições irreais para um país que está submerso na corrupção e no desvio do dinheiro público.

Que bom que a culpa não é mais dos professores do Ensino Fundamental.

Nenhum comentário:

Postar um comentário