Fonte: Reunião conjunta das comissões de
educação, assuntos sociais e direitos humanos
TÓPICOS:
- · Educação nos primeiros anos de vida que começa na família ou o substitutivo da família
- · Discussões do desenvolvimento infantil desde o Perinatal
- · Debate sobre Primeira Infância e Epigenética: um novo paradigma
A TV Senado apresentou, no dia 30 de Dezembro uma
palestra com profissionais ligados às áreas da Saúde e da Educação, cujo foco
era a alimentação, o afeto e a Educação;
De acordo com as falas dos profissionais, o que se
conclui é que seria essencial o cuidado com a alimentação da mãe, para que a
criança não nasça com deficiência nutricional e neurológica.
Ao unir esses pressupostos com a Política de cotas e o
fracasso escolar, existe a preocupação sobre as interfaces desses assuntos que
são as seguintes:
É positiva a política de cotas para correção da injustiça
social que recai sobre os indivíduos pertencentes às camadas populares, mas que,
ao refletir-se sobre as condições caóticas das famílias pobres e destituídas de
assistência médica e financeira, não torna possível a esses estudantes oriundos
de famílias de baixa renda o sucesso no mundo acadêmico;
Concluindo, a psiquiatra e o pediatra franceses que
estavam presentes no recinto, falaram sobre a questão nos parâmetros biológicos:
testes de Quociente de inteligência e suprimentos nutricionais com a
alimentação de qualidade para que o cérebro, sistema elétrico, tenha
mielinização o suficiente para as trocas de impulsos entre as sinapses;
Essa energia visa o desenvolvimento cognitivo que se
reflete no desempenho escolar do educando.
Tal condição só é possível, segundo o exposto, através da
boa alimentação e de boa estrutura familiar.
Essas falas ecoam nos discursos ouvidos nas
Universidades, dos próprios professores: Famílias de baixa renda, com problemas
graves de desestrutura familiar não conseguem aprender e nem desenvolver suas
habilidades no mundo acadêmico.
Nesse discurso sublinha-se a sugestão da profecia da
incapacidade dos menos favorecidos, (profecia autorealizadora do fracasso escolar), tornando inquietante a qualidade da
educação oferecida no Brasil, a banalização e o sucateamento do ensino
superior, o despreparo biológico e /ou
cognitivo dos estudantes da classe popular e outras questões que incomodam
cotidianamente.
Outro assunto a ser refletido é o mote do Governo:
alfabetização na idade certa. Preparam-se professores para que alfabetizem crianças brasileiras de qualquer
extrato social até os oito anos de idade. Mas ignoram esses pressupostos tão
bem delineados nessa Palestra: a de que para o estudante aprender, o básico é a
boa alimentação, uma mãe com estrutura psicológica saudável, uma família
organizada.
Condições irreais para um país que está submerso na
corrupção e no desvio do dinheiro público.
Que bom que a culpa não é mais dos professores do Ensino
Fundamental.
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